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O debate será organizado em torno dos seguintes eixos temáticos:

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1. As paisagens comerciais, de consumo e de lazer em transição: das ruas comerciais do centro da cidade aos ambientes virtuais das compras e do entretenimento. Este eixo acolhe trabalhos focados na análise das mudanças dos sistemas comerciais urbanos, nas suas diferentes dimensões: formas de venda tradicionais e modernas, comércio eletrónico, formatos dos estabelecimentos, padrões de localização das lojas, significado simbólico dos espaços comerciais e de consumo, pequenos comerciantes versus cadeias de distribuição, paisagens comerciais locais versus internacionais ou globais, evolução da composição funcional e da organização espacial dos tecidos comerciais, entre outros.

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2. As novas lógicas empresariais do comércio e serviços e os desafios que colocam à investigação científica e às políticas urbanas. Este eixo reúne os trabalhos, teóricos e/ou empíricos, interessados na interpretação das estratégias das empresas responsáveis pela evolução e as mudanças dos sistemas comerciais urbanos. Interessa, por um lado, ver como a investigação científica tem procurado interpretar as novas lógicas empresariais, recorrendo a novas perspetivas de análise e a uma renovação das ferramentas conceptuais e metodológicas, e, por outro lado, refletir sobre a forma como as políticas públicas têm respondido aos desafios do mercado, reformulando as políticas e os programas, com o objetivo de reestabelecer o equilíbrio dos sistemas comerciais, melhorar os seus níveis de resiliência, bem como a sustentabilidade urbana.

 

3. A regeneração urbana ancorada no comércio e no consumo e as novas formas de governança da cidade: projetos, atores e processos. Os programas de regeneração urbana liderada pelo comércio e o consumo são hoje uma resposta comum dos poderes públicos das cidades que lidam com problemas de desindustrialização e a descentralização do comércio e dos serviços. Estes programas vão dos ambientes comerciais ancorados em flagships à gestão integrada de centros de cidades (TCM) ou às áreas de desenvolvimento económico (BID). Neste eixo acolhem-se trabalhos, de natureza teórica ou empírica, focados na análise crítica destas formas de regeneração das cidades relacionadas com mudanças na governança urbana. Assumem relevância, estudos que descrevam experiências de regeneração ancoradas no comércio, bem ou mal sucedidas, envolvendo ou não celebração de parcerias entre o setor público e privado, que identifiquem os diferentes stakeholders envolvidos, avaliem resultados dos programas ou apresentem metodologias para a sua avaliação.

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4. O consumo, elemento chave para a competitividade das cidades, a organização da vida quotidiana, a criação de estilos de vida e de identidades. Posicionando-se na interseção de diferentes esferas da vida quotidiana, o consumo desempenha hoje múltiplos papéis que atravessam a política, a economia, a sociedade e a cultura, com uma clara expressão na morfologia das cidades. Neste eixo acolhem-se trabalhos teóricos ou empíricos orientados para: (i) a reflexão crítica sobre a forma como o consumo tem sido conceptualizado nas ciências sociais; (ii) as leituras das relações do consumo com o desenvolvimento da cidade, a construção de identidades, estilos de vida e formas de sociabilidade; (iii) a discussão sobre o modo como as cidades se transformaram em espaços de e para o consumo, e são consumidas através das experiências ofertadas aos indivíduos-consumidores; (iv) a análise do uso do consumo pelas cidades, com diferentes posicionamentos na rede urbana, para regenerarem a sua base económica, e aumentarem a sua capacidade de atração de investimentos, turistas e novos residentes.

EIXOS DE REFLEXÃO

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